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quinta-feira, 22 de junho de 2023

Resenha O Mar sem Estrelas

O Mar sem Estrelas

Erin Morgenstern





Sinopse


Quando Zachary Ezra Rawlins descobre um misterioso livro escondido na biblioteca de sua universidade, isso o leva a uma busca como nenhuma outra. Em meio a suas inebriantes narrativas sobre prisioneiros apaixonados e cidades perdidas, ele se depara com algo impossível: uma história de sua própria infância. Determinado a obter respostas que este livro sem título ou autor se recusa a prover, Zachary deve seguir as únicas pistas que encontra na capa – uma abelha, uma chave e uma espada. Em seu caminho, surgem duas pessoas que mudarão o curso de sua vida: Mirabel, uma impetuosa pintora de cabelos cor-de-rosa, e Dorian, um belo e enigmático homem descalço.

Navegando por bailes de máscaras e sociedades secretas, este é só o início de uma missão que o levará a um estranho labirinto subterrâneo, às margens do Mar Sem Estrelas. Um mundo maravilhoso de túneis sinuosos, cidades perdidas, amantes eternos e histórias a serem preservadas, custe o que custar…



Falar sobre O Mar sem Estrelas me deixa um pouco tímida, confesso, a sensação de que não vou conseguir transmitir a magia que se encerra dentro dessa obra chega a ser quase um peso. Escrevo então de uma forma despretensiosa sem contudo ser leviana.

Eu me considero uma leitora assídua e dificilmente um livro me surpreende, é raro eu me emocionar e ficar sem ação diante de alguma leitura, e mais raro ainda é eu me envolver ao ponto de  sonhar e querer viver dentro de uma história. Mas esse livro me pegou de uma forma que desde do seu início até o término eu vivi em um estado de êxtase e de fé. Sim meus amigos leitores, de fé! Passei a acreditar novamente em magia. Não falo da magia que por vezes podemos encontrar na beleza das flores ou no sorriso sincero de uma criança, mas da magia  que desperta a esperança, desperta a vontade de viver algo que se sabe que existe mas que não se alcança. não consegui deixar de pensar em um jogo chamado Myst onde o jogador viaja através de um livro para uma ilha misteriosa onde vive várias aventuras como se fosse um quebra-cabeças, e O Mar sem Estrelas é isso, um quebra-cabeças, onde cada capítulo por mais aleatório que seja (aleatório sim, nunca sem sentido ou magia), acabará se encaixando com maestria no final, e que final meus amigos, que final!

“Atrás da porta existe um outro lugar. Não a sala que fica atrás do muro. Algo mais. Ele sabe disso. Ele sente isso nos dedos dos pés. 

É isso que sua mãe chamaria de um momento com Significado. Um momento que muda os momentos seguintes.”



Sobre a história:


O livro é mágico. É uma história atemporal, ela existe dentro de um livro que esta dentro de outro livro. Para  Zachary  "Ler um romance é como jogar um jogo em que todas as escolhas foram feitas para você com antecedência por alguém que é muito melhor nesse jogo específico". E ele descobre por um acaso que sua história está nesse romance em um livro achado na biblioteca e se vê de volta a sua infância quando ele achou uma Porta mágica e não a abriu. É também sobre essa Porta, mas é sobre um Pirata, é sobre o Destino, o Tempo e a Lua, é sobre A Procura e Ao Encontro, (Para vocês terem uma ideia de como um simples capítulo impacta, eu e o meu amigo nos saudamos até hoje com essa frase), é sobre Mel,  Abelhas e Espadas, e tem a Chave com os quais os Guardiões, Acólitos e Cuidadores abrem esse grande Mar.

É sobre o Mar, onde às suas ondas vêm e vão e nenhuma é igual a outra, aliás acho que o mar e suas ondas descrevem bem a leitura, cada capítulo trazendo por vezes brumas, por outras leveza, mas entre uma e outra vem aquela que te derruba no chão e te arrasta mar adentro. É também sobre romance. E que romance! Não é possível depois que você se enreda com os personagens não desejar outra coisa além de que o amor triunfe em todas as suas formas. E não tem como não se emocionar quando a gente percebe que podemos não ter um final feliz. Mas quem é que pode dizer com certeza absoluta que finais felizes são apenas aqueles que concebemos em nossa mente? Não quero dizer que o final não seja perfeito pois é, apenas peço que abram suas mentes para algo novo e mágico. E também abandonem as ideias pré-concebidas que um romance gira em torno de um casal apenas. No nosso Mar cabem romances mais antigos como o fundamento do mundo, há romance que não se deixa afetar pelo tempo, redefinindo sua própria intemporaridade e há aquele que nasce nas ondas ondulantes.


“… Obrigada por me ver quando as outras pessoas olhavam através de mim como se eu fosse um fantasma…”

Deixo um conselho: leiam esse livro como se degustassem algo novo e único, para não correrem o risco (que é inevitável) de ficar órfã como a Anne de Green Glabes, ou parar para olhar dentro de cada guarda-roupa tentando achar o caminho para Nárnia, ou quem sabe continue aguardando o encontro com o inesperado olhando os céus a procura de uma coruja com uma carta de Hogwarts para te levar rumo ao inesperado pois no momento que acabarem de ler, no exato momento da virada da última pagina, cada um de vocês vai começar a procurar uma porta que pode ou não ser a sua, isso não vai fazer diferença desde que achem  e entrem por ela.

Sugiro para todos que enquanto não souberem exatamente o que procuram, comece abrindo o Mar sem Estrelas!



“… Essas portas cantam. São canções de sereia silenciosas para aqueles que buscam o que há atrás delas. 
Para aqueles que sentem
Saudades de um lugar aonde nunca foram…”



Sobre a autora:

Erin Morgenstern (nascida em 8 de julho de 1978) é uma artista multimídia americana e autora de dois romances de fantasia.O Circo da Noite (2011) foi publicado em mais de uma dúzia de idiomas e ganhou o Prêmio Locus anual de Melhor Primeiro Romance . Ela recebeu em 2012 o Prêmio Alex . Seu segundo livro,
Mar sem Estrelas , foi publicado em 2019.

Erin Morgenstern foi criada em Marshfield, Massachusetts e estudou teatro e arte de estúdio no Smith College em Northampton, Massachusetts , graduando-se em 2000. Além de escrever, ela pinta, principalmente em acrílicos, incluindo o baralho de tarô Phantomwise . Ela assinou com a Inkwell Management em maio de 2010 após ser rejeitada por trinta agentes literários, e vendeu seu romance de estreia para a Doubleday em setembro de 2010.

Fonte: Wikipédia



“- À Procura.

— Ao Encontro.”


Número de páginas: 544

Idioma: Português

Editora: Morro Branco

Data da publicação: 21 junho 2021

Gêneros: Fantasia, Literatura fantástica, Romance de amor, Realismo mágico, Fantasia romântica, Romance LGBT+

Crédito da imagem: Editora Morro Branco


Dedico essa resenha a todas as meninas do Grupo de Biblioterapia, vocês fazem parte dessa jornada!

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